TEXTO POR RENATA TANNURI – @ELOPRODUCOES
Quem não se derrete por um chocolate? Parece que a própria palavra já é doce. Ele já foi tema de filmes, de músicas e de poesias. O chocolate é mágico e desperta paixões. Além de delicioso e viciante é nutritivo e uma das matérias-primas mais utilizadas na gastronomia. O alimento é feito com cacau e sua origem remonta às civilizações pré-colombianas da América Central. Após os descobrimentos, foi levado para a Europa, onde se popularizou, especialmente a partir dos séculos XVII e XVIII. Passou por diversos aprimoramentos, foi adoçado e misturado com especiarias em técnicas culinárias e também foi misturado ao leite.
Mas além de saboroso, já foi comprovado que o cacau é considerado o alimento que possui maior quantidade de antioxidantes. Dessa forma ele previne doenças, já que essas substâncias protegem nossas células contra o ataque de radicais livres. No mundo são produzidas mais de 1 milhão de toneladas de chocolates por ano. Suíça, Bélgica e Inglaterra tem grande consumo per capita, entre 10 a 15 quilos por ano da iguaria. A cada ano, os suíços consomem quase 12 quilos do doce. A Irlanda é a segunda colocada com mais de nove quilos por ano por habitante. O Brasil é um dos grandes produtores de cacau no mundo e cada vez mais se destaca também na qualidade de seus chocolates. Porém, o consumo ainda é baixo, cerca de pouco mais de 2 quilos per capita por ano. São Paulo chega a 4 ou 5 quilos por ano, o que faz aumentar a média ponderada do consumo per capita. Existe todo um conceito de consumo de chocolate. No Brasil quando se fala em comer um lanche logo se pensa em pão de queijo, croissant. La fora é um chocolate quente, um bombom. Tudo é questão de hábitos.
Com 38 grandes indústrias de chocolates no país, a iguaria também é exportada. O mercado de chocolates premium no cenário brasileiro já conta com 6%, segundo a Associação Brasileira da Industria do Chocolate (Abicab). As iguarias estão em tabletes, tabletes recheados, bombons, barras, trufas e outras especialidades. Além disso, segundo a Abicab, o segmento premium cresce a taxas superiores ao chocolate convencional, pois os consumidores buscam novas alternativas de consumo.
Os importados ainda superam o consumo das marcas nacionais entre os chefs confeiteiros de renome. É o caso da Callebaut que fabrica chocolates para chefs. A empresa se destaca pela qualidade e alto rendimento, além da diversidade de produtos que vai desde o confeito mais tradicional, até os mais elaborados como caramelo com sal. A Callebaut também fabrica chocolates power com mais cacau, que é uma tendência mundial, e algumas novidades recém lançadas como o chocolate branco sem açúcar e a pasta de pistache, uma facilidade para os confeiteiros.
No Brasil, algumas marcas que vendem para o consumidor final se destacam pela qualidade insuperável, como a Kopenhagen, que surgiu em 1928, fundada pelos imigrantes letões Anna e David Kopenhagen. A fábrica contava com várias máquinas para a produção de chocolates finos, bombons e marzipan, um confeito feito de açúcar, amêndoas e ovos. Atualmente a marca conta com mais de 300 lojas e uma unidade conceito em São Paulo, com produtos exclusivos, como a linha Gifts Luxo, que traz objetos de decoração que podem ser associados ao chocolate. Agora que você já sabe um pouco mais sobre esse mercado aceita um bombom?
Foto: Guillermo White